Quando criei o portal AgroLei, o objetivo era simples mas relevante: levar informação jurídica ao produtor rural. Fazer com que ele conhecesse um pouco do mundo das leis, normas, resoluções… e que pudesse aprender um pouco com isso tudo, aplicando essa informação na sua atividade.
Mas os anos de advocacia exclusivamente destinados aos produtores rurais e o contato cada vez mais frequente com as mazelas do campo me fez repensar um pouco o objetivo do portal e da minha própria atividade profissional.
E é por isso que eu e o portal AgroLei atualizamos nossa missão.
Ela está resumida nesta frase:
“O DIREITO COMO FERRAMENTA DE TRANSFORMAÇÃO NO CAMPO”
É que os anos me ensinaram que não basta advogar. Não basta cumprir os prazos. Não basta falar com imponência na audiência. Não basta ter o direito.
É preciso pensar o agronegócio.
Para encontrar soluções.
E transformar.
A transformação no campo acontece através de todas as ciências envolvidas. Novas tecnologias na robótica, na informática, na mecânica, na análise de processos, na logística, na genética (entre outras incontáveis ciências) estão revolucionando a atividade rural através das mudanças de paradigmas do próprio produtor.
E evidentemente que o direito – em eterna evolução – também contribui para essa transformação, seja nas questões tributárias, ambientais, fundiárias, bancárias, na análise e prevenção de riscos, no compliance, nas negociações, nos contratos e até mesmo na efetiva atuação judicial – quando necessária e planejada.
Podemos resumir isto tudo como o necessário aprimoramento da gestão.
O produtor rural precisa compreender seu novo posicionamento no mercado. Ele é um empresário que atua na parte mais complexa da cadeia do agronegócio, porque sua atividade – diferente das demais atividades empresariais – está sujeita ao risco agrobiológico.
E é por isso que a gestão da atividade empresarial é fundamental nestes novos tempos de lucros reduzidos e concorrência global acirrada.
A atividade do produtor rural não admite mais erros, nas palavras do professor Querubini. E nem amadorismo, complemento eu.
Por isso, o direito – aliado às demais ciências – deve contribuir para a transformação do produtor rural e do campo.
E que venham os futuros desafios.
Francisco Torma
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